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Por Rodrigo Escudero, Diretor na Page Executive, Peru.
Antes de falar sobre quanto os Membros do Conselho ganham, gostaria de começar por discutir brevemente o que é um Conselho de Administração. É o conselho de administração que deve zelar pelos interesses dos acionistas, dos C-Levels e de outras partes interessadas, assegurando, ao mesmo tempo, uma governança corporativa adequada, com ênfase em questões como a sustentabilidade da empresa.
Não há uma forma única de definir os salários dos Membros do Conselho de Administração, entretanto, há um acordo implícito que serve para estabelecer limites de remuneração. Naturalmente, o salário dependerá das características da empresa, se é nacional ou multinacional, do número de funcionários, dos níveis de rotatividade e, sobretudo, se é uma empresa listada na bolsa ou não.
Em empresas não listadas, os honorários dos Membros do Conselho são geralmente fixados pelo presidente do conselho. Entretanto, deve-se chegar a um consenso com o CFO (Chief Financial Officer) ou Diretor Financeiro e o Gerente Geral ou CEO antes de se tomar uma decisão, pois eles também zelam pelo orçamento.
Em contraste, as empresas listadas são mais regulamentadas, já que suas informações financeiras são públicas. Nestes tipos de empresa, a remuneração é definida por um órgão de governança corporativa e eles tendem a ter valores mais altos. Finalmente, existe uma prática em alguns Conselhos de Administração que consiste em distribuir 1% dos lucros anuais da empresa entre todos os Conselheiros.
Não necessariamente. É claro que, para se tornar um Membro de um Conselho de administração, você precisa de experiência executiva, mas a pessoa mais experiente nem sempre é aquela que ganha mais dinheiro.
Presume-se que a remuneração nesses cargos seja baseada em consensos; portanto, existe a possibilidade de que o mesmo Conselheiro possa estar em duas empresas, recebendo salários muito diferentes. Uma coisa a ser considerada nestes casos são os fatores não remuneratórios, que podem ser muito importantes quando se trata de aceitar uma posição.
O dinheiro é importante na hora de aceitar uma posição, mas não é tudo. Há também outro fator altamente relevante e pessoal a ser considerado: o propósito. Todos temos motivações diferentes; uma pessoa pode estar interessada em trabalhar para uma empresa com forte ênfase em questões de sustentabilidade, enquanto outra pode estar mais interessada em fazer parte de uma empresa que apresenta desafios constantes ou que investe fortemente em inovação tecnológica.
Um fator que costuma ser relevante para muitos, e especialmente para os recém-chegados, é o prestígio. Fazer parte de um conselho de administração pode ser um distintivo notável em um currículo, especialmente se for uma empresa com um histórico renomado. De fato, muitos board members iniciam suas carreiras em uma base pro bono.
Muitas vezes ouvimos falar sobre as disparidades de gênero no local de trabalho, e pode-se perguntar: podemos falar sobre a existência de uma lacuna de gênero nos conselhos de administração?
Sim e não, dependendo do que queremos dizer com este conceito. A remuneração atual de um homem e uma mulher que ocupam a mesma posição no mesmo conselho não varia. Entretanto, há desigualdade na participação, e é aí que a lacuna é claramente visível. No Peru, por exemplo, apenas 7% dos conselhos de administração são compostos por mulheres, e em nível regional a situação não é muito diferente - 12%. Portanto, a disparidade não está na remuneração, mas no número de assentos ocupados por mulheres nos conselhos de administração.
Neste cenário, muitos conselhos procuram definir cotas de participação e estabelecer objetivos de longo prazo. É preciso que as mulheres sejam nomeadas e, se necessário, ser mais permissivo de que podem ser suas primeiras integrantes do conselho, desde que tenham experiência executiva prévia.
É importante ter em mente a riqueza de perspectivas que a diversidade pode trazer e que, para se beneficiar disso, é fundamental promover políticas inclusivas para as mulheres e outros grupos sub-representados. É por isso que, na Page Executive, procuramos cumprir nossa proposta de diversidade na apresentação de candidatos, criando listas restritas equilibradas que incluam homens e mulheres em proporções semelhantes.
IInfelizmente, a maioria dos assentos de Conselho são atualmente escolhidos a dedo, com base na afinidade ou proximidade. Digo infelizmente, pois o objetivo de um Membro de Conselho não é ser amigo da C-Level e celebrar todas as suas decisões, mas questioná-la, avaliá-la e desafiá-la a melhorar. A terceirização destes processos nos dá objetividade na busca e na revisão cega por pares, e nos permite trazer alguém que, além da confiança, pode agregar valor.
Se você quiser saber mais sobre os Conselhos e modelos de remuneração na região, convido-o a baixar nosso Estudo de Membros de Conselho.
Rodrigo Escudero
Director en Page Executive, Perú.
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